sábado, 30 de maio de 2009

Formação de professores/ras e a questão do Gênero


Parece-me que depois da publicação do texto de Joan Scott "Gênero: uma categoria útil de análise histórica", as discussões sobre Gênero se ampliaram e nos sensibilizaram definitivamente. De minha parte, digo, aprendi muito.


A autora nos faz compreender que cada cultura tem imagens prevalentes do que homens e mulheres devem ser. E, que a construção do gênero é evidente quando se verifica que ser homem ou ser mulher nem sempre supõe o mesmo em diferentes sociedades ou em diferentes épocas.


Scott quer nos provocar profundamente ao questionar o porquê Maria, mais do que Eva, é referência às mães e às professoras. A quem atenderia e traria vantagem essa crença? Esclarece que Eva e Maria, como o bem e o mal que está em cada um de nós, representam mitos de luz e escuridão, purificação e poluição, inocência e corrupção.


Se nos debruçamos sobre o estudo do Gênero, alerta a autora, podemos transformar os paradigmas disciplinares. Isso implicaria uma reescrita da história das mulheres, para uma "nova história". Na perspectiva feminina, não existe nada mais masculino do que a própria ciência. Isso implica encarar a separação tão evidente entre sujeito e objeto, corpo e mente, cognição e desejo, racionalidade e afeto.


Por isso, Gênero deve se fazer presente quando estudamos sobre desenvolvimento, trabalho, escola, família, formação de professores/as, como fonte de análise e crítica na convergência para a erradicação de situações e condições geradoras de desigualdades.


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