quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O que é bom para você?


Tenho aprendido com o passar dos anos que a única marca que eu posso fazer de mim nesse chão que piso é minha escrita furtiva e apaziguadora.
Nem sempre atendo logo ao chamado. Passam-se horas e dias às vezes. Até que chega o momento de perguntar o que é bom para mim, como uma pergunta que devo responder, pois ela me interpelou na madrugada e todas as respostas se desenharam previamente.
Café da manhã:
Bom é tomar café, num domingo de inverno, com as crianças, que dão aquela alegria e você pode esquecer que um dia vai morrer e deixar tudo isso para trás. Saber que elas estão pequenas e você provavelmente tem o compromisso de cuidar delas, assim sua sábia natureza vai conservá-lo por mais tempo entre elas.
Filme:
Bom é assistir a um filme na adolescência, um título inesperado, numa tarde das férias, lembrando que elas vão terminar e que, por isso, deve-se valorizar essa boa ociosidade.
Casamento:
Bom é casar com o homem por quem estou apaixonada, que ofusca toda a presença das outras pessoas. Aquele, que ao segurar a mão, faz você chorar de alegria sempre que pensar nisso.
Dançar:
Bom é dançar com o amado cavalheiro, que leva seu corpo no flutuar da música, que deixa um espaço para o devaneio da mulher. A música penetrando seu íntimo, a leveza dos corpos que dançam na suavidade da melodia.
Pescar:
Bom é pescar no rio ou no lago, de águas claras e calmas, como se o dia nunca fosse terminar, e, depois, pudesse pensar com saudades dessa vivência. A árvore frondosa, o gramado bem verde, o ar da montanha, a brisa fresca, a sensação de paz total.
Livro:
Bom é ter nas mãos o livro que desperta escrever tanto quanto conhecer as ideias de seu autor. Aquele que revoluciona as sensações, que confirma as suspeitas tanto tempo ali, no seu peito ferido, e que agora saem flutuando e vão para o papel.
Ano Novo:
Bom é aquele ano novo que ainda está por acontecer. Que vai surpreender seu coração incrédulo.

*Este bem poderia ser um lugar de pescar. Obrigada quem se sensibiliza comigo e entende que pescar requer saber parar seu próprio tempo.

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